Saturday, 26 March 2011

supervalorização, viva la vida e etc

Terceira lei de Newton: "Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário." Olha só, eu falando de física. Mas é um jeito de começar o texto. Então, lá vou eu.
Locked dreams... In this locked world.
Em uma de minhas reflexões me veio algo bem interessante para se discutir: A supervalorização das consequências no mundo contemporâneo. Você não pode faltar aula, por que se você o fizer, perde nota, e caso faça isso muitas vezes perde um ano de estudo, que afetará na sua vida financeira, pois entre um aluno com notas excepcionais e um que repetiu um ano, provavelmente o primeiro conseguirá uma vaga de emprego. Você não pode largar sua vida por um minuto, seja para viajar, seja para cuidar do filho doente. Pois, se você fizer isso, caso tenha um emprego você o perderá. Você não pode perder seu trabalho, pois se você ficar desempregado, não tera dinheiro para pagar as contas, então ficará sem eletricidade e sem telefone, e em consequência disso, sem internet e sem computador. Você não pode pegar um avião e viajar para a Indonésia quando bem entender, pois para viajar você precisa ter dinheiro, um passaporte, estar de férias (seja no emprego, ou na escola), você precisa ter um responsável, não pode levar bebidas nem drogas, não pode levar seu cachorro... Bem, se eu disser tudo que é necessário para que alguém possa viajar nos dias de hoje, vou escrever até amanhã. Você não pode largar tudo para seguir seu sonho, pois caso ele não se realize você estará completamente perdido.
Resumindo, você não pode nada! O mundo do século XXI é movido por trabalho, por responsabilidades, por dinheiro, por tudo, menos liberdade. Você se diz estar em um país livre. Porém, o conceito de liberdade é: Opção de cada um decidir ou agir segundo a sua determinação. E agora me diga, é assim a nossa liberdade? É assim que nós vivemos? De acordo com a nossa vontade, e apenas a nossa vontade? É... Eu acho que não. Calcule, para você poder viver financeiramente bem você tem de dedicar metade da sua vida estudando, tem de ter dinheiro para pagar uma faculdade, para poder ter um bom emprego, e depois, para manter sua vida instável, não pode nem pensar em fazer algo que arrisque sua carreira.  Só pode ver os filhos a noite antes de dormir. É movido a café, pois um dia com 24 horas não é suficiente para fazer o necessário. Agora me diga, você não acha que tem algo errado nisso tudo? Raciocine, para você poder viver como bem quiser, somente nascendo rico, (pois nada terá consequência, você pode ser burro, desleixado, drogado, já que nesse mundo capitalista o dinheiro comanda tudo) ou roubando um milionário. E então, qual vai ser?
A vida é tão curta para nos determos em saber quanto é 2+2. Você nasce com o propósito de viver, não com o propósito de ser mais um robô no mundo. Isso não é certo. Não consigo aceitar o fato de que se tem que passar a vida inteira se esforçando, e morrer sem realmente ter vivido. É injusto. E triste.

3 comments:

  1. Boa noite!

    Me vejo MAIS que obrigado a comentar este post, por vivênciar muito do que foi dito e por agora, estar fazendo parte da vida de várias pessoas (ano que vem da blogger em questão) no âmbito escolar.

    A começar pela primeira frase!
    Se tu perguntares a algum aluno do 2º ou 3º ano qual foi a primeira frase que eu disse no ano, após me apresentar, eles dirão: "Foi a 3º Lei de Newton!"

    Minhas aulas são inteiramente montadas em cima desta Lei (embora seja aula de matemática, e não de física), no que se refere ao conceito de aluno X aula, aluno X professor e ação X reação. Eu disse que eu seria a reação de todas as ações deles!! Se contribuissem de maneira positiva para a aula, eu retornaria à eles essa retribuição. Se fossem desordeiros, indisciplinados ou mal-educados, a dificuldade das avaliações seria o resultado dessa AÇÃO!

    (pergunte à Joyce e ao Gabriel no recreio segunda-feira como foi o teste deles... aushuahushua)

    Bom, quanto à trabalho, vida e blá blá blá (o "blá blá blá" neste caso não é uma maneira pejorativa de relacionar os demais itens... é só para economizar linhas mesmo :D ), vejo de uma maneira... um tanto que diferente!

    De fato os dados estão corretos ou no mínimo coerentes: vive-se metada da vida estudando para depis disso, poder trabalhar para DEPOIS DISSO, viver uns 10 anos e então morrer de velhice...

    ... MAS, eu não estão me martirizando no trabalho, nem o estudo que eu me dedico é penoso! Eu estou ME DIVERTINDO no meu trabalho!!! Eu acho graça e rio toooodos os dias no meu trabalho. E o valor que eu ganho? É relamente num lááááa aassim daquelas coias que podese-se dizer "vou me aposentar milionário", mas é o suficiente pro meu ônibus, pro meu almoço, pra minha faculdade (que eu faço para poder continuar me divertindo no meu trabalho), para minha internet (imagina se eu não tivessse lido este post!! ), para a ração da minha gata, etc...

    Enfim... o que eu quis dizer é que há uma diferença de opiniões neste ponto de vista, no seguinte modo:

    > Os que querem ficar ricos para viver bem e daí terão que estudar pra CAR$#%$ pra passar numa faculdade de renome e em um curso que tenha uma remuneração alta.

    e

    > Os que querem viver bem sendo felizes.

    Para este último, eles só precisam enxergar o que lhes faz feliz... e fazer aquilo!! SEEE ser feliz para uma pessoa é ser médico (que vai acabar entrando na primeira opção) seguir todo este martírio de estudos e provas e noites em claro, não será... TRISTE!

    =D

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  2. E aí Nath?
    Como é teu ponto de vista agora, 9 meses depois desse post e agora já tendo "experimentado" o mercado de trabalho??

    hehehe

    OBS 1: ééé não ter o que fazer mesmo... 02:18h da manhã e eu olhando posts antigos!
    sauhashudshusa

    OBS 2: tenho o que fazer sim... T___T mas já tava indo dormir... zzZZzzZzZzZzzzz...

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  3. Bem, você sabe que eu não gostava do meu trabalho, pagava bem para alguém sem experiência como eu, horário mais que flexível, se eu precisasse podia faltar... Mas sei que aquilo era uma ilusão, pode até ser que eu volte a trabalhar lá até completar dezesseis anos, porém, sei que eu preciso me adaptar a trabalhar como se estivesse no emprego mais rígido de todos, pois se eu ficar mal acostumada, será pior para mim quando eu entrar realmente no mercado de trabalho.
    O lado bom dessa curta experiência que tive, é que comecei a aprender que se deve ter seriedade no trabalho, nos primeiros dias, eu não me importava com isso, trabalhava com fone de ouvido, não me importava em correr atrás, pouco a pouco, percebi que estava errada, que eu precisava mostrar que queria o trabalho, que não se pode esperar alguém lhe ensinar tudo, pois, eu sei que se eu me esforçasse eu seria melhor do que muitos que já possuem experiência no mercado de trabalho, eu acredito na minha capacidade, pois sei que quando quero, eu faço o meu melhor, e, modesta parte, sei que faço melhor que muitos outros. Só preciso aprender a fazer meu melhor até para coisas que não me agradam tanto.

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